segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Palavras sem nexo




Tentei pensar para escrever, juro que tentei...
Mas assim, sem certezas, sem incertezas, sem lágrimas e velas me falta um pouco o que dizer. Eu poderia dizer que ano já se foi, e por aí vem muita expectativa, mas não é o que sinto, nem mesmo o que quero sentir.
Não quero me esbaldar com falsas e fáceis expectativas, quero apenas imaginar que estarei lá, lá em qualquer lugar, lá em qualquer emprego, lá em qualquer condição, mas que estarei no próximo ano e isso me basta.
Talvez seja a idade ou só um reflexo de alguma desilusão, mas a verdade é que o como não me importa, se farei o que antes havia sido pensado ou se o que me espera é estar numa tabacaria espreitando o Álvaro de Campos, pouco me importa.
Cansei daquela história de que o fim justifica os meios, mas que meios? Os meios são o fim afinal.
E pelo jeito as palavras começam a sair com fluência, e a cabeça que não para é só uma cabeça cansada e preocupada, uma cabeça jovem, uma cabeça velha.
Eu poderia dizer também que meu foco é isso aquilo, que espero tal, mas caso não aconteça... Mas eu realmente não sei, não sei para onde, para que e nem nada.
E agora José? Ao menos o meu caminhar não é sozinho como o seu José, minha festa acabou, o povo sumiu, mas ele ficou José.
Embora sem certeza alguma de nada dessas palavras eu sei que ele está por mim e estou por ele.
FIM

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