Andei pensando em meio às minhas 5001 coisas para fazer, quando foi que eu me tornei tão diferente do que fui um dia. Já que esse blog é um lugar pra todas as minhas reflexões, que antes cabiam nos finais de meus cadernos e nas camas onde eu estive, incluindo a minha, nada melhor do que colocar aqui o centro de alguns dos meus pensamentos nessas duas semanas.
Confesso, ainda sou sentimental, talvez se não fosse não mais escreveria. Mas agora sinto-me a pessoa mais fria, não no mundo, mas o mais fria que eu poderia ser. Não sei em qual esquina topei com esse racionalismo recente, mas ele me abraçou e assim ficamos, eu e a razão, não deixando que qualquer ato inconseqüente se aproximasse de mim. O racionalismo que ao me ver sonhando acordada, ou a ponto de entrar em qualquer coisa que se assemelhe a uma singela ilusão de vida, me manda entrar no meu mundo acadêmico e me enfiar na biblioteca pra pegar qualquer livro que ocupe meu tempo. Posso dizer que por esse tempo têm passado pela minha cama Hobsbawm, Lefebvre, Áries, Sylvanus Morley, Adrian Recinos, e até o Machado de Assis passou por aqui semana passada! Tudo para não pensar enquanto estou na cama, que é o momento em que analisamos o andamento de nossas vidas. E o pior de tudo é pensar que eu estou muito melhor assim, até as minhas fofocas tem sido sobre como o professor analisa o liberalismo de uma forma que me parece equivocada, ou sobre como só estudamos a parte a teórica de história política e econômica, deixando o meu grande amor, história cultural de lado.
Estou apaixonada! Pela história mexicana... São assim meus pensamentos...
E eis que dentre meu racionalismo eu encontrei o motivo de todas as bebedeiras universitárias que sistematicamente realizamos todas as semanas, é onde eu liberto todo meu sentimentalismo, ao ponto de chegar de uma festa e escrever um pseudo-poema no blog-vide o texto anterior-(como a maioria dos meus são). É lá, do alto do meu sentimentalismo bêbado que eu tenho minhas diversões e sensações que nem mesmo o códice Popol-vuh conseguiria realizar. Até a minha parte bêbada se tornou racional! Aproveito a noite pra voltar pra casa, sem pensar em nada, pros braços dos meus autores queridos. O difícil é acordar com alguém do lado! E aí sim e vejo que meu sentimentalismo não é 1/10 do que já foi, quando ao acordar com um abraço, eu começo a discutir a visão de democracia pra Rousseau... É, esse é o mais alto do meu sentimentalismo.
Sobre os autores:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eric_Hobsbawm
http://www.encyclopedia.com/doc/1E1-LefebvreG.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sylvanus_Griswold_Morley
http://pt.wikipedia.org/wiki/Philippe_Ari%C3%A8s
http://en.wikipedia.org/wiki/Adrian_Recinos
Liberalismo(o básico):
http://afilosofia.no.sapo.pt/11Liberalismo.htm
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Um comentário:
o pior é que sabemos que esse racionalismo é apenas uma fase. Uma dessas constancias que feliz ou infelizmente sempre vão embora, trazendo de volta nossos conflitos.
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